Escola Secundária Luís de Freitas Branco
Já referi múltiplas vezes que, apesar de apreciar o desafio de falar para equipas de grandes empresas, há algo de muito especial no público do secundário, pelo que começo já por agradecer o convite simpático da professora Iva da Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Paço d’Arcos, onde tive o prazer de estar no passado dia 24.
Bem me lembro da dor de barriga que sentia, no Cartaxo, quando olhava para a frente e, apesar de querer muito uma carreira de investigação com tubarões, a verdade é que não via o mais pequeno vislumbre de como lá chegar.
Eventualmente as peças do puzzle foram caindo no sítio e a coisa lá foi ao sítio, não sei mandar umas belas cabeçadas pelo caminho. São precisamente essas cabeçadas que adoro partilhar com jovens estudantes, esperando que lhes possa poupar algumas ao partilhar o meu percurso.
Vendo bem as coisas, não é muito diferente do que faço quando vou a empresas, onde partilho os quase vinte anos de Flying Sharks e as decisões que estiveram por trás dos nossos altos, mas também dos nossos baixos.
Sinto que os “baixos” são frequentemente menosprezados.
Pois claro que é muito mais divertido passar uma hora a falar de detalhes divertidos em operações variadas e ninguém gosta de falar de bacalhaus que chegaram congelados ao destino, ou de marinar numa alfândega durante 24 horas, ou de enfrentar uma folha de Excel repleta de contas para pagar e não ter esse valor na conta – nem perto.
Mas não há problema que não tenha solução.
Umas mais criativas, outras mais dolorosas, outras bem difíceis, mas todos os problemas têm uma solução e são precisamente essas que gosto, cada vez mais, de partilhar com miúdos e graúdos.
Espero ter oportunidade de partilhar alguns destes episódios mais desafiantes convosco em 2026 – senão antes – embora a nossa operação “Arábia Saudita” me vá manter por essas paragens até final de janeiro.
Mas alguma coisa se arranjará porque, como bem sabemos, tudo se arranja.
Sempre.

