Instagram maroto

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Este é um post demasiado privado e manda a prudência que não o partilhe.

“Então vamos a isso!” disseram-me logo os 7 neurónios que coordenam essa zona do meu cérebro.

Ora bem, este vosso criado esteve na Arábia Saudita em fevereiro deste ano, a investigar os peixes que por lá andam e que podem ser adicionados à colecção de um extraordinário aquário que está em construção e totalmente dedicado à conservação dos corais e restauração dos recifes.

O horário de trabalho foi impiedoso e as noites não ofereciam mais de 5 ou 6 horas para dormir, depois dos mergulhos, reuniões, relatório diário das espécies observadas e muitos emails.

Às vezes o cérebro estava tão acelerado, na cama, que havia que aplicar algum tipo de estratégia manual que o ajudasse a adormecer, se é que me entendem.

( Eu disse que era um post demasiado privado, não disse? 😉

O problema é que esse tipo de estratégia é facilmente auxiliada com uma boa ligação à internet, mas tal não é possível num país onde a Lei Sharia é aplicada com um fervor frenético e que bloqueia alguns websites de natureza mais lúdica.

“Era só o que me faltava!” expressei, decepcionado, perante o ecrã negro no telefone, com um texto que parecia dizer “Então que estava o menino maroto a tentar fazer?”

E foi aí que me lembrei do Instagram, que se revelou uma fonte inesgotável de inspiração para momentos solitários. Embora não violando a “Política de Comunidade” com material demasiado audaz, as ofertas disponíveis revelaram-se abundantes em quantidade e qualidade.

E por falar em “quantidade”, o facto que porventura mais me impressionou foi o número avassalador de seguidores, na ordem dos dois dígitos de milhões, que meninas em collants bonitos despertam no mundo cibernético.

“Então ando eu aqui a partilhar histórias de mergulhos com tubarões, a achar que ia ser o próximo Cousteau…” pensei eu, quando, afinal, parece que um corpo esbelto, rosto bonito e vestuário apelativo são suficientes para cativar largos MILHÕES de seguidores.

“Ora aí está uma estratégia que nunca me tinha passado pela cabeça…” pensei eu…

Resta ver o que os meus 7 neurónios cansados vão fazer com esta informação…

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