Hérnia malvada

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Em 2021 publiquei uma notícia com o título “Filha de uma grandessíssima p…” e está na hora de fazer um follow-up.

Ora bem, o incidente de 8 de abril de 2021 viria a revelar-se uma segunda hérnia discal (L4/L5) para juntar à anterior (L5/S1), que já me tinha dado dores de cabeça sérias em 2005 e 2016.

Não escondo que nunca mais meti os pés no PT, até porque o cavalheiro julgou por bem continuar a insistir no diagnóstico de “ruptura do lombar-cruzado” e punha-me a correr à volta do quarteirão. O facto de eu ir para a casa a coxear, como se fosse um pirata, não o alertou para a possibilidade de o problema ser na minha frágil coluna, apesar de lhe ter repetido mil vezes que tinha a tal hérnia L5/S1 e ter desenhado os meus treinos para reforçarem a zona lombar.

Mas adiante… No Natal de 2021 percorria os corredores da ESTM com um trolley, porque a perspectiva de meter uma mochila às costas era demasiado dolorosa. Comprei o dito no aeroporto de Lisboa, a ganir de dores com a minha mochila pesada pendurada no lombo e a caminho de uma operação durante a qual andámos com tubarões-touro no ombro e aqui fica um registo da libertação de um deles no aquário Blue Planet.

Toda a gente gozava comigo e perguntava “Então, vais de viagem?” e eu sorria de volta com um seco “Não. Estou à rasca das costas e provavelmente serei operado.” o que acabava rapidamente com a risota.

Lá me safei de ir à faca com natação, onde vou religiosamente uma vez por semana. Bem sei que uma vez por semana é insuficiente, mas, acreditem em mim, poucas pessoas neste planeta abominam actividade física mais do que eu.

Este, no fundo, é o objectivo deste post.

Já diz o povo “O que tem de ser, tem muita força” e, neste caso, apesar de odiar visceralmente ginásio – principalmente depois de 8-04-21 – lá me arrasto até à piscina da Avenida de Roma, todos os sábados, pelas 8 e meia da noite, que é quando aquilo está mais vazio.

Mando as minhas braçadas, durante as quais faço contas à vida e, ao fim de 30 pistas, ala que se faz tarde.
Desta experiência toda só se aproveitam aqueles segundos de satisfação que sinto no final. Aquela maravilhosa sensação de “dever cumprido” que, para além de me reparar o lombo, me tem servido decentemente ao longo da vida.
Assim é na vida, na saúde, na carreira e tudo o mais… Não vale a pena ignorar os problemas ou, sequer, choramingarmos com eles. Há, sim, que arregaçar as mangas e resolvê-los. Tudo o resto é redundante.

Despeço-me com votos de muita saúde e cuidado com o lombo! E com os PTs tontos!

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